Adedonha
Animal, fruta, objeto, lugar, não importa a categoria, o seu nome é o que me vem à cabeça primeiro. É por isso que levo alguns segundos a mais pra pensar em qualquer coisa, tenho perdido todo jogo de adedonha.
De beijo em beijo, gravou sua boca na minha e posso te sentir de longe, teu corpo no meu corpo. O calor da sua pele, o arrastar dos seus dedos por minha coxa. O seu tempo no meu dia. Espero que seja sempre assim — que fiquemos tanto tempo juntos que meu corpo não perceba que você não está, que continue te sentindo até que te encontre de novo; que mesmo em face do maior encanto, dele se encante mais meu pensamento.
Já meu coração sabe quando não está antes mesmo que vá embora. Chegando a hora de ir, ele já se torce todo, bate os pés no chão, faz pirraça e lhe agarra pelos braços, esperneia fique mais um pouco, só um pouco, só mais uma noite (uma vida toda).
Ou duas, ou mais. Ô saudade. A gente já começou com saudade, tinha anos que a gente não se via, nos reencontramos depois de sei lá quantas vidas juntos e separados, e no primeiro beijo reconheci a intensidade de estar lhe beijando de novo pela primeira vez.
Só assim pra explicar como me sinto por você. Parece inacreditável te amar te tanto assim — e parece que vou. Parece impossível te amar mais do que amo. Parece loucura, parece de verdade.